segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

30 - Nó cego

Derna o início das minhas atividades goísticas, eu matutava sobre os termos de Go. Timbuguei nas águas turvas da dúvida... com mais freqüência do que a maioria dos goístas brasileiros, de origem oriental (japonesa, chinesa ou coreana) ou não. Eu ficava esbaforido tentando compreender o significado das palavras (e ainda fico incandeado e meio lelé-da-cuca). Era uma grande pindaíba mental. Quiprocó daqueles!

Não arribo das dificuldades e não gosto de ficar numa rimueta... Sei que o assunto é cabuloso. Mas sem querer ser queixão ou causar xilique... apresento algumas considerações aos goístas mais experientes sobre o uso do jargão goístico.

E não pense o amigo leitor que sou uma pessoa estabanada por abordar o assunto. Não estou engabelando ninguém... apenas tentando ajudar aos iniciantes... Estripulia magística? Será que vai dá bode? Entonce vamos aos finalmentes...

Não é apenas a gauchada que possui um dialeto... O Brasil é um país de muitos falares... Quem leu e entendeu? Todos? Com certeza apenas alguns leitores. Pernambucanos ou nordestinos viajados. Os parágrafos iniciais foram escritos em pernambuquês. Regionalismo pernambucano. Forma de falar peculiar, de raiz e tradição de meu Pernambuco querido...

Ora... se com apenas com o pernambuquês o leitor ficou confuso... Imagine o iniciante goísta ouvindo: atari, hane, shibori, aji, gote, sente, joseki... e por aí vai...
É para qualquer um ficar confuso e desmotivado... não é mesmo?

Assim, ao ensinar o jogo:

- Evite usar palavras do jargão goístico.
- Apresente idéias e conceitos.
- Quando necessário... utilize termos em português, mesmo que sejam inadequados ou de uso não oficial. Exemplo: atari, ameaça; boshi, chapéu; goban, tabuleiro; kiri, corte; ko, luta; etc.
- O difícil é ser simples. Complicar é muito fácil... e afasta de nosso convívio as pessoas que poderiam aprender a arte de Go.
- “Não espante a lebre”. Deixe o trabalhar... aos poucos... os termos serão dominados e conhecidos, pelo menos os principais.

E quanto aos parágrafos em pernambuquês? Tradução? Hum... acho que vou postar o “Dicionário de Pernambuquês” - texto que circula na internet explicando alguns termos usados na minha terrinha. Alguém interessado?